quinta-feira, 16 de julho de 2009

CRÓNICA – Relações Públicas, o lucro necessário para o crescimento regional

No passado fim-de-semana, fui assistir ao colóquio designado por Relações Públicas… Que Desafios? E, como tal, neste evento que contou com a presença do presidente da ARPP (Associação de Relações Públicas de Portugal) foi reflectido a importância lucrativa deste profissional. Assim, para todos nós não é novidade que entre as Relações Públicas e qualquer espelho existe uma nuvem. Infelizmente, esta nuvem “poderá sempre estar lá”, diante do espelho, concentrada diante dos nossos empregadores. Neste sentido, verifico que a realidade, a identidade e a imagem do profissional de Relações Públicas foram sempre deturpadas. Assim, as Relações Públicas no tocante a sua realidade, intrinsecamente tem conotações positivas ou negativas pelo que se fez ou deixou de se fazer. Com base nas teorias que dão suporte às Relações Públicas, procurarei reflectir sobre a imagem que o Relações Públicas tem de si mesmo e o modo como é visto pelos seus públicos. Importa destacar, desde já, que a imagem é construída a partir de múltiplas relações que os públicos estabelecem entre suas próprias experiências, sentimentos, posições, crenças, valores e as informações que lhes são comunicadas, intencionalmente ou não. Reconheço que as constantes mudanças no conjunto de características que identificam as Relações Públicas têm estabelecido com a comunidade, empresários, professores e alunos, uma imagem negativa. Nesse sentido, o processo de comunicação que converte a identidade das Relações Públicas tem transferido ao verdadeiro papel do profissional, atributos diferenciados. Assim, é necessário mudar a direcção e praticar as Relações Públicas, com a finalidade de se reproduzir a imagem verdadeira, transmitindo-a através de uma nova identidade e realidade. "A perfeita escuta consiste em ouvir, não tanto os demais, como a nós mesmos. A perfeita visão consiste em ver, não tanto os demais, como a nós mesmos". As Relações Públicas precisam deliberar com seus públicos, no que se há-de fazer, para se evidenciar como uma mais valia para todo o sector empresarial e restante sociedade. Vivemos na sociedade do empreendorismo e da visão. A cultura e os princípios empresariais devem estar em sintonia com a necessidade da optimização da qualidade, da imagem e da comunicação. Enquanto, gestor da comunicação, o relações-públicas, é o único meio e instrumento para desempenhar a tarefa das relações. Os relacionamentos, a opinião pública e a aceitação social devem ser da responsabilidade de pessoas capazes e com formação. Os verdadeiros relações-públicas não são aqueles que foram manequins e se pensa ser o modelo correcto de profissional de relações públicas. A esta altura não é admissível ver-se gabinetes de Relações Públicas, de Comunicação ou Imagem e o responsável não ter formação na área. Será legítimo? O desafio será o reconhecimento legal da profissão, pois até o nosso governo regional tem um gabinete nesta área, mas reconhecer esta profissão como primordial para a economia regional, numa época em que é necessário trabalhar a Marca Açores dentro e fora das nossas fronteiras, conta-se pelos dedos quantas pessoas da área da comunicação e imagem fazem parte de tão grã projecto. Em suma, e para conhecimento do que é um profissional de relações públicas, eis uma definição desta profissão. Uma “actividade de Relações Públicas é definida como uma filosofia corporativa e uma função de direcção, de carácter permanente, planificado e regular, que parte do pressuposto de que a boa vontade da opinião pública é fundamentalmente importante para a vida de qualquer empresa, pessoa, entidade ou órgão governamental. Esta actividade visa quatro pontos básicos: conhecer e analisar as atitudes da opinião pública a respeito da sua empresa; recomendar meios e modos pelos quais a empresa possa satisfazer os anseios desta; informá-la sobre a satisfação de seus anseios por parte da empresa e promover a imagem da empresa e de seus produtos e serviços junto à mesma”. Numa palavra, LUCRO.
João Figueiredo

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